Tudo o que há de bom nos justos, santos e mártires provém exclusivamente de Deus. Honrar as virtudes dos santos é honrar as virtudes do próprio Cristo, pois eles estão unidos a Ele de forma perfeita e definitiva. Por isso, Paulo nos exorta a sermos seus imitadores, assim como ele mesmo, o Santo Apóstolo, era a reverberação do próprio Cristo: “Eu os convoco para serem meus imitadores.” (1 Coríntios 4, 16). "Tornai-vos os meus imitadores, como eu o sou de Cristo." (1 Coríntios 11, 1) A Bíblia também nos orienta a seguir o exemplo de fé e paciência daqueles que já alcançaram as promessas de Deus: “Sejam imitadores daqueles que, pela fé e paciência, se tornaram herdeiros das promessas.” (Hebreus 6, 12).
A homenagem que prestamos aos santos não é um costume meramente humano, mas uma ordem de Deus. Ela é uma graça divina, e não algo que eles conquistaram por mérito próprio. A honra pertence àqueles que são chamados por Deus, pois "ninguém se apropria desta honra, senão somente aquele que é chamado por Deus" (Hebreus 5, 4). O Senhor mesmo promete "glória, honra e paz a todo aquele que faz o bem" (Romanos 2, 10). Assim, ao honrarmos os santos, estamos cumprindo um mandamento divino de reconhecer e glorificar a santidade que Ele mesmo operou em suas vidas
Os santos são modelos de fé e atitude que Deus nos oferece. Eles são membros do Corpo Místico de Cristo, cuja cabeça é o próprio Senhor. A honra que lhes é dada reflete a glória do corpo inteiro, pois, como ensina São Paulo, “Deus dispôs o corpo de tal modo que deu maior honra aos membros que não a têm” (1 Coríntios 12, 24). Afinal, um corpo indivisível não pode ter sua cabeça honrada e seus membros desprezados. A veneração dos santos é, portanto, um ato de profunda comunhão com o Corpo de Cristo.