Existem mortos no Céu? A resposta é não.
Aqueles que se unem a Cristo desfrutam de uma vida abundante, pois Ele é a própria Vida. Por isso, quem parte da vida terrena, mas permanece Nele, agora participa da vida e do amor na eternidade. Deus é a essência da vida: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (João 14, 6).
Na Terra ou no Céu, aquele que permanece em Cristo, e Cristo nele, vive. E se vive, dá frutos.
A intercessão pelos pecadores é o fruto dos santos no Céu.
As Escrituras nos mostram que a intercessão não cessa com a morte física. No livro de Baruc, por exemplo, os profetas de Israel intercedem mesmo após a morte: “Senhor, Todo-Poderoso, Deus de Israel, escutai a prece dos mortos de Israel, dos filhos daqueles que pecaram contra Vós” (Baruc 3, 4).
O livro do Apocalipse reforça essa verdade ao mostrar os santos mártires clamando por justiça, pois foram mortos por causa da Palavra de Deus: “Vi debaixo do altar as almas dos homens mortos por causa da palavra de Deus, e por causa do testemunho de que eram depositários. E clamavam dizendo: – Até quando Tu, que és o Senhor, o Santo, o Verdadeiro, ficarás sem fazer justiça e sem vingar nosso sangue contra os habitantes da Terra?” (Apocalipse 6, 9-10).
A morte física não encerra a vida em Deus. Quem crê em Cristo, mesmo que morra, viverá, pois Ele é a ressurreição e a vida (João 11, 25-26).
Jesus mesmo nos ensinou que “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois para Ele todos vivem” (Lucas 20, 38).
Cristo é a Vida dos que estão em sua comunhão, seja na Terra ou no Céu.
Ele é o único Mediador que une o Céu e a Terra por meio de sua Igreja.
O apóstolo Paulo nos assegura que nem a morte nos pode separar do amor de Deus, que se manifestou em Cristo Jesus (Romanos 8, 38-39). Ele também testemunha a união dos fiéis na vida e na morte: “Já vos declaramos que estais em nosso coração, conosco unidos na morte e unidos na vida” (2 Coríntios 7, 3).
A morte física não é o fim do amor. Ela é apenas a passagem para a plenitude do Amor em Cristo.