Alguns não creem que a carne e o sangue de Cristo estejam verdadeiramente sob as aparências do pão e do vinho. Para eles, o que Jesus instituiu na Última Ceia foi apenas uma representação, um "teatro" para inspirar os cristãos a se lembrarem de sua morte. Contudo, se a carne e o sangue de Cristo não estivessem de forma real, mas apenas simbólica, teríamos de desconsiderar as palavras do próprio Jesus. Ele afirmou inequivocamente: "Minha carne é verdadeiramente uma comida, e meu sangue é verdadeiramente uma bebida." E prosseguiu: "Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia."
Uma interpretação puramente simbólica contradiz diretamente a ênfase de Jesus na "verdade" de sua carne e sangue como alimento e bebida.
A fé cristã não se sustenta em um mero ilusionismo sentimental e teatral, mas na aceitação de realidades que transcendem a nossa compreensão natural e nos unem a Deus.
O pão e o vinho deixam de ser alimento comum, e se tornam, pela ação divina, a habitação presença real da humanidade Divina do Cristo, que nos religa ao Pai.
Como profetizado em Oséias (9,4), um pão que não seja oferecido ao Senhor é "pão de luto", servindo apenas aos apetites humanos e sem vida espiritual: "Já não farão ao Senhor libações de vinho, nem oferecerão sacrifícios em sua honra. Seu pão será como um pão de luto: todos os que dele comerem se contaminarão. Essa refeição é para seus apetites e não para ser apresentada na casa do Senhor,"
A Eucaristia, por sua vez, é o Pão da Vida, que nos oferece a promessa da ressurreição.