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Deus é o destino final de todas as nossas orações, sejam elas feitas de forma individual ou solidária com o auxílio dos intercessores. A Bíblia nos mostra que, desde o Antigo Testamento, a oração pode ser apresentada a Deus por meio de representantes. O povo de Israel, por exemplo, reconhecendo a autoridade e a proximidade de Moisés com Deus, clamou a ele: "O povo veio a Moisés e disse-lhe: 'Pecamos, murmuramos contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós essas serpentes, e Moisés intercedeu pelo povo" (Números 21:7).

No Novo Testamento, essa dinâmica se estende aos nossos intercessores no céu. 

O Livro do Apocalipse revela que a oração dos justos é levada a Deus pelos anjos e pela alma dos justos, que as recebem e as oferecem: "A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com as orações dos santos diante de Deus," (Apocalipse 8:4).

A intercessão dos santos não é uma ideia que diminui o papel de Deus, mas, ao contrário, aprofunda nossa fé na comunhão universal do Corpo de Cristo. 

Aqueles que já vivem em comunhão plena e eterna com Deus são, portanto, intercessores mais qualificados que aqueles que na vida terra ainda lutam contra o pecado e o risco de condenação. 

Ao pedirmos a um santo que interceda por nós, não estamos excluindo Deus; pelo contrário, toda oração e súplica têm Nele seu destino final. 

A intercessão reafirma nossa fé no sacerdócio que Cristo exerce, não só por meio de seus pastores na terra, mas também por todos aqueles que, Nele, formam um único corpo, pois se tornaram Sua habitação eterna.

Essa prática é confirmada pelo santo apóstolo Paulo, quando ensina que: "Pela fé Abel ofereceu a Deus um sacrifício bem superior ao de Caim, e mereceu ser chamado justo, porque Deus aceitou as suas ofertas. Graças a ela é que, apesar de sua morte, ele ainda fala.* (Hebreus 11, 4) 

Deus vive e age nos que com Ele estão em comunhão, seja na terra ou de forma ainda mais plena, os que já estão no âmbito celestial. 

A intercessão é um elo de amor e fé que nos conecta uns aos outros e, através disso, a Cristo, “ao qual deve a sua existência toda família no céu e na terra,” (Efésios 3, 15).


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