Resposta: Sim, de forma categórica. O que somos é testemunhado de maneira inequívoca por nossas ações. A vida em união com Deus se manifesta na alegria das práticas virtuosas, pois o nosso caráter revela-se onde reside o nosso prazer: na virtude ou na malícia. A conduta é a prova manifesta da nossa índole:
"O MENINO MANIFESTA LOGO POR SEUS ATOS SE SEU PROCEDER SERÁ PURO E RETO." (Provérbios 20, 11)
A pessoa é boa e valorosa quando se alegra nas obras da virtude; é má quando se deleita no egoísmo, tornando-se incapaz de nobreza e de seguir o modelo deixado por Cristo. Deus avalia o Bem e o mal segundo o propósito dos nossos pensamentos e a finalidade das nossas atitudes cotidianas. O contraste entre a virtude e a malícia se agudiza nos momentos difíceis e nas tragédias humanas:
Na pandemia do Covid 19, vimos muito bem isso, enquanto pessoa negavam o isolamento social e, por medo de diminuírem seus lucros, obrigavam seus empregados ao trabalho ainda que em risco de contaminação e morte; outras buscavam a preservar a vida destes e trabalhavam para no cuidado a todos. Nessas ocasiões, a inclinação de cada um se potencializa, direcionando a alma para a perseverança ou para a perdição, pois o julgamento é um convite à consolidação da escolha feita em vida:
"PRETENDEIS ME PEDIR CONTA DO FUTURO? DITA-ME UM MODO DE AGIR." (Isaías 45, 11)
E, finalmente, na consumação dos tempos:
"QUEM É INJUSTO, FAÇA INJUSTIÇA AINDA; E QUEM ESTÁ SUJO, SUJE-SE AINDA; E QUEM É JUSTO, FAÇA JUSTIÇA AINDA; E QUEM É SANTO, SANTIFIQUE-SE AINDA." (Apocalipse 22, 11)
O dom da fé é a disposição da vontade que nos orienta ao que é bom e construtivo, segundo os preceitos de Deus, sendo a caridade o caminho no qual encontramos a vida eterna.