R: Não. O ser humano é um todo inseparável.Deus não julgará o ser humano em partes, salvando-o por suas ideias e condenando-o por suas atitudes. O ato é a materialização do pensamento e da vontade. Logo, a infidelidade é o pecado de se opor voluntariamente à própria fé que já habita na consciência. A fidelidade deve ser exercida em tudo, ou não será real em nada:
"AQUELE QUE É FIEL NAS COISAS PEQUENAS SERÁ TAMBÉM NAS COISAS GRANDES. E, QUEM É INJUSTO NAS COISAS PEQUENAS, SÊ-LO-Á TAMBÉM NAS GRANDES." (S. Lucas 16, 10)
R: A infidelidade é o pecado contra a fé que se deixou ser vencida pela desobediência. É a condição daquele cuja fé está presente no intelecto, mas que, por sua debilidade, é facilmente repelida pela vontade, impedindo-a de mover o ser humano a realizar as ações que tornariam essa fé uma prática de vida.
R: Sim. A finalidade de ouvir é viver, e todo aquele que se dispõe a ouvir deve se dispor a obedecer. A infidelidade é a vontade e os atos traindo a fé. Pela fé se move o intelecto, o desejo e a ação humana rumo à vontade de Deus. O infiel tem consciência do que é fraterno, certo e justo aos olhos de Deus, mas sua fé não é forte o suficiente para convertê-lo neste propósito. Assim, de nada serviu a sua fé, deficiente e inacabada. Para viver fraternalmente ao que é certo e justo, é preciso que a fé passe da teoria para a prática; da potência para o ato. Infidelidade é, portanto, o fruto ruim que nasce da fé vencida pela desobediência ao Amor que é o mandamento primeiro e principal da fé da Igreja.