Seria Proveitoso Ser Forçado a Receber a Salvação? Não!
O Bem se torna um mal para quem não o deseja. Não dar ao indivíduo a possibilidade de recusar o mal e optar livremente pelo Bem seria roubar-lhe a alegria de participar e usufruir da bondade divina:
“ALEGRAI-VOS EM SER PARTICIPANTES DOS SOFRIMENTOS DE CRISTO, PARA QUE VOS POSSAIS ALEGRAR E FESTEJAR NO DIA EM QUE FOR MANIFESTADA SUA GLÓRIA.” (1 S. Pedro 4, 13)
Quem recebe um Bem sem desejá-lo, o rejeita em sua alma. E quem o rejeita de coração, perde o direito sobre ele. Jesus advertiu sobre aqueles que o rejeitam voluntariamente: “A PEDRA QUE OS EDIFICADORES REJEITARAM, TORNOU-SE A PEDRA ANGULAR (Sl 117, 22) (S. Lucas 20, 17)” e “ELE VEIO PARA OS QUE ERAM SEUS, E ESTES NÃO O RECEBERAM.” (S. João 1, 11).
Deus não coage nem força ninguém a aceitá-Lo para ser salvo. Conceder a salvação contra a vontade do indivíduo o tornaria pior, pois o obrigaria a testemunhar ainda mais seu desprezo pelo Amor e pela amizade de Deus. O Amor e a amizade correspondidos devem ser espontâneos, brotando de um coração sincero; não podem ser fabricados nem impostos.
Desejar de forma livre e pessoal o mal, ou participar livremente do Bem, é o que legitima a justiça da punição ou da recompensa. A liberdade de escolha é a dignidade máxima do ser humano e a condição essencial para que a salvação seja um verdadeiro dom de Amor.