Um ser humano é, fundamentalmente, aquilo que faz.
As obras não são um mero adendo à nossa existência; elas são a própria manifestação do nosso ser e revelam quem realmente somos, inclusive a fé que professamos.
Uma fé genuína, uma vez acolhida, jamais pode ser oculta ou separada das ações de nossa vida diária.
Não é possível conceber alguém que afirma ter fé se essa fé não se expressa em suas obras.
Tudo o que provém do ser humano é resultado de suas ações, sejam elas realizadas por seu próprio esforço ou por meio da intervenção divina agindo nele.
Nossa salvação ou perdição é determinada pelo que realizamos ao longo de nossa vida. O pensamento e a oração também são obras da fé. Portanto, não se pode sequer crer ou rezar, senão por meio de ações e obras ativas.
Deus medirá e julgará a fé de cada pessoa por meio de suas ações, condutas e comportamentos, que darão testemunho do tipo de vida que foi levada.
A própria Escritura nos ensina essa verdade.
Em sua carta a Filêmon, o Apóstolo Paulo expressa a fé como algo que se manifesta de forma atuante e visível:
"Que a tua fé, que compartilhas conosco, seja atuante e faça conhecer todo o bem que se realiza entre nós por causa de Cristo." (Filêmon 1:6)
A correlação entre fé e ações é ainda mais clara no Livro do Apocalipse, que revela o critério do julgamento final:
"E os mortos foram julgados conforme o que estava escrito neste livro, segundo as suas obras." (Apocalipse 20:11-15)