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A mediação, por definição, consiste em aproximar partes que estão distantes. Ela é uma ponte, um elo que une o que antes estava separado. A mediação de Cristo se encaixa perfeitamente nesse conceito, pois Ele é a ponte que une o céu e a terra, Deus e a humanidade. Para que a união fosse perfeita, o mediador precisava ser, ao mesmo tempo, do céu e da terra, divino e humano. E é por isso que Cristo que é eternamente Deus, num momento da histórica também resolveu fazer-se homem sem excluir-se de sua Divindade. A sua missão é a de salvar a humanidade, que estava perdida, e reconectá-la a Deus, o seu Criador. Jesus realiza essa mediação ao assumir sobre si toda a miséria humana diante da Justiça Divina. Ele livra a humanidade das penas eternas que merecíamos e, em contrapartida, nos oferece a salvação e a vida eterna. Assim, o gênero humano pode, finalmente, ser reunido com Deus.

São Tomás de Aquino, na Suma Teológica, explica essa verdade de forma magistral:

"Unir os homens a Deus de modo perfeito convém a Cristo, por meio de quem os homens se reconciliaram. Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo. Logo, só Cristo é perfeito mediador entre Deus e os homens, por ter reconciliado o gênero humano com Deus, pela sua morte. Por isso, como disse o apóstolo (1 Timóteo 2, 5), há uma ponte entre o céu e a terra; — o mediador perfeito entre Deus e os homens, que é Jesus Cristo, homem, que deu a si mesmo para a redenção de todos." (AQUINO, Santo Tomás. Suma Teológica, III, Q. 26, Art. 1).


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