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O Bem e o mal participam da razão, da vontade e dos atos humanos em graus e níveis distintos, gerando méritos e deméritos proporcionais. 

A maldade não reside fora, e por isso, é contida no próprio ser humano, e não fora dele, sendo Deus o agente dessa contenção por Sua infinita bondade. Essa maldade contida é, em si, um bem e uma virtude necessária para a sobrevivência e não autodestruição da raça humana. Deus não limita o mal humano por uma força externa, mas opera nos indivíduos as virtudes essenciais a esse propósito. Se o ser humano fosse totalmente maligno, a ação Divina de contenção teria sido ineficaz. Toda ação de Deus no indivíduo é um bem. Essa virtude da contenção da maldade é mais acentuada nos indivíduos convertidos, pois a verdadeira conversão é a fonte do temor a Deus, o qual gera a contenção dos instintos que levam à transgressão: 

"Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais abundante? DE MODO NENHUM! O nosso velho homem foi com Ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado." (Romanos 6:1-14)
"Todo aquele que é nascido de Deus não pratica o pecado, porque a semente de Deus permanece nele; ele não pode estar no pecado, porque é nascido de Deus." (1 João 3:7-9)

 A vida de retidão, mesmo antes da plenitude da Lei, já demonstrava essa virtude: 

"Havia, na terra de Hus, um homem chamado Jó. Era homem íntegro e reto, que temia a Deus e mantinha-se afastado do mal." (Jó 1:1)

 Importante ressaltar que a limitação da maldade atua, e com grande razão, também nas pessoas injustas e transgressoras habituais. Isso se manifesta na providência geral de Deus, que sustenta a ordem do mundo e a vida de todos, independentemente do merecimento: 

"Pois Ele dá a luz do sol tanto para os maus, como para os bons, e faz chover tanto sobre os justos como sobre os injustos." (Mateus 5:45)

 Portanto, a contenção da maldade é um dom intrínseco de nossa natureza, operado pela graça e bondade de Deus, garantindo a existência humana e a possibilidade de escolha moral para todos. 



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