R: Crer significa, em sua essência, fazer a vontade de Deus. Por isso, a fé não pode ser atribuída aos infiéis, pois eles não praticam as condutas próprias da fé. Um fiel é aquele que tem a fé como um hábito de vida. Crer é consentir e obedecer aos mandamentos de sua fé. Obedecer, por sua vez, significa realizar ações concretas que estejam alinhadas à vontade de Deus. Jesus questionou a discrepância entre a palavra e a ação:
"Por que vocês me chamam ‘Senhor! Senhor!’, mas não fazem o que Eu digo?" (Lucas 6, 46).
Ele deixou claro que a prova da amizade é o serviço:
"Vocês são Meus amigos, se fazem o que Eu lhes mando. E o que Eu lhes mando é que amem uns aos outros" (João 15, 14, 17).
R: Não pode haver separação entre a fé e a obediência aos mandamentos. A fé não se resume a acreditar que Cristo nos salvará. Se não a confessarmos por meio de nossas ações, estaremos, na verdade, negando-a.O apóstolo Paulo adverte sobre a falha prática, que é uma negação da doutrina:
“Aquele que não cuida dos seus, e principalmente dos da própria casa, negou a fé e é pior do que um incrédulo.” (1 Timóteo 5, 8).
Aquele que crê, mas não age de acordo com a sua fé, crê em vão, cultivando o vício da hipocrisia. Como Paulo ensina:
“Serão salvos se guardarem exatamente o que lhes anunciei. De outra forma, terão acreditado em vão.” (1 Coríntios 15, 1–2).
Deve haver uma honestidade profunda entre o que falamos e o que fazemos. Não pode haver sinceridade em uma fé que vive em conflito entre o discurso e a prática. A própria vida testemunha contra o indivíduo:
"É a tua boca que te condena, não Eu. São teus lábios que dão testemunho contra ti mesmo." (Jó 15, 6).