R: Cristo não foi tentado em sua Divindade que é imune ao pecado e a tentação, mas em sua humanidade, a qual unida a sua Divindade, também se tornava imune. Ele se permitiu ser tentado para que ninguém se julgue a salvo das tentações, e para nos ensinar que não há vitória possível a humanidade, tentada ao erro e ao mal, que não seja por intermédio da união em Deus, e com Deus. Cristo é Pessoa única, dotada de duas naturezas, Divina e humana, e assim, Ele pode perfeitamente agir numa ou noutra natureza sem precisar abrir mão ou se separar da outra. Logo, ser tentado é uma vulnerabilidade própria de toda natureza humana, e nessa natureza, convinha que Deus, na Pessoa do Filho Divino, testemunhasse sua humanidade à prova do pecado e da tentação, para que por meio dela viesse a salvação na crucificação, e também se exercesse sua autoridade sobre o tentador lhe ordenando: “(…) NÃO TENTARÁS O SENHOR TEU DEUS. (São Mateus 4. 5 e 6) “(…) NÃO PONHAS A PROVA O SENHOR TEU DEUS.” (São Mateus 4. 7) E como está escrito: (…) 'DEUS NÃO PODE SER TENTADO PELO MAL E A NINGUÉM TENTA.” (São Tiago 1. 12 e 13)